Sob o escandalizar da
protuberância de Isaque, ele é inundado pelo plasma. O peso do material é maior
do que ele pode aguentar. Ironicamente, aquele oceano, que o transformara,
dera-lhe uma nova vida, agora, sufocava-o. Não estranhamente estaria ele a
cobrar a energia gasta, a vida cedida. O plasma começou a aumentar o volume
rapidamente. Ficava agitado e suas ondas atingiam quase nove metros de altura.
De amarelado, o líquido ganhava uma tonalidade lilás, assemelhando-se à cor do
bico da criança. Isaque era atingido pela força e chicoteava nas paredes
daquele andar. Ao longe, escutava-se
algum barulho diferente do impacto do corpo nos obstáculos. Fazia-se um som
semelhante ao produzido pelo bico, porém grosso, pesado, fétido, desesperado.
Uma grande criatura se aproximava. Encontrava-se apenas naquelas águas. Seus
músculos eram procurados pelos navegantes, seu óleo aproveitado para produzir
chuvas, e seu couro cobiçado pelos ricos. A galinácea azul, algo tanto parecido
com uma baleia, de cor lilás frequente, mas que se camuflava diante as
variações daquele mar. Em parte frontal, sua cabeça se afunilava em um grande
bico azul, repleto de cerdas, que usava para captar os alimentos. Ela viera
atrás do chamado, um filhote, um descendente seu. Ela se aproximava
pesadamente, corpulenta, a remexer todo o oceano num raio de quilômetros.
Finalmente consigo me segurar no lustre de um apartamento. Não entendo direito o que ocorrera. Sinto grandes dores pelo corpo e uma enxaqueca que perdura uma infinidade. Talvez seja melhor deixar-me ir, deixar minha dor ser embalada pela violência dessas águas, deixar-me afundar nesse espesso oceano. Finalmente deixar minha alma ser lavada e levada dessas dores. Os dedos do menino seguram firmemente o pedúnculo do lustre, como em suplício por sua vida, mas o desespero do garoto é maior e sua mente envia o desejo de livrar-se. Que assim seja, amém! Sou arrastado pelas....................... A galinácea azul passava rente ao garoto e sua longa cauda, repleta de penas e escamas, atinge impetuosamente a face do garoto, que, inconsciente já, atravessa a janela de ferro fundido no fundo daquele apartamento. A criatura segue sua cria.
Finalmente consigo me segurar no lustre de um apartamento. Não entendo direito o que ocorrera. Sinto grandes dores pelo corpo e uma enxaqueca que perdura uma infinidade. Talvez seja melhor deixar-me ir, deixar minha dor ser embalada pela violência dessas águas, deixar-me afundar nesse espesso oceano. Finalmente deixar minha alma ser lavada e levada dessas dores. Os dedos do menino seguram firmemente o pedúnculo do lustre, como em suplício por sua vida, mas o desespero do garoto é maior e sua mente envia o desejo de livrar-se. Que assim seja, amém! Sou arrastado pelas....................... A galinácea azul passava rente ao garoto e sua longa cauda, repleta de penas e escamas, atinge impetuosamente a face do garoto, que, inconsciente já, atravessa a janela de ferro fundido no fundo daquele apartamento. A criatura segue sua cria.